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quarta-feira, 11 de março de 2015

Quase nada




Não queria quase nada
Gostaria que as lágrimas não precisassem cair
ou que  se caíssem que não fossem por causa da dor do coração
Gostaria que a igualdade deixasse a todos contentes
E que conhecêssemos a recompensa que o bem traz
que nunca tivesse perigo, nem ter de olhar pra traz
Que o medo caísse num buraco
Que a subida não cansasse
que a queda fosse sempre em um colchão
Queria que a sorte alcançasse a todos
E que a esperança não tivesse necessidade  de existir
Por não se conhecer as vestes da maldade
Queria que o fogo aquecesse sem queimar
E a chuva caísse sem destruir
Que o vento soprasse só pra refrescar
E que a terra fosse suficiente para todos produzir
Queria que o meu time e o seu fossem ganhadores ao mesmo tempo
E que a "briga" fosse o nome de um comprimento engraçado
Que o silêncio pudesse ser ouvido sem ser maltratado.
Que a compreensão e o conhecimento existisse em todos
E que a solidão e o abandono sumisse como um arroto
Queria sim que a fome nunca castigasse,
Melhor que isso, que o  alimento não fosse uma necessidade
Queria que não existisse doenças pra castigar o corpo
E nem desilusões e decepções para castigar a alma
Que sacrifício fosse uma palavra desconhecida
E que o sorrir fosse uma constante
Que amor e amizade sempre andassem de mãos dadas
E que as diferenças fossem complementos reconhecidos
Que" justo" fosse parada obrigatória
E amar o próximo tivesse escrito no nosso DNA,
Que viesse gravado na mente e no coração
Que houvesse alegria verdadeira dentro dos lares
E que as famílias se entendessem bem
Que cada pessoa conseguisse ouvir e falar na mesma proporção
E que o respeito ganhasse com força
Sendo o ganho da força do amor
Queria simplesmente que a vida não fosse penosa
Que a morte fosse uma porta aberta
E a chave fosse uma criança preguiçosa
Que saiu correndo pra brincar esquecendo de voltar
E quem quisesse só dava uma bisbilhotada e voltasse.
Queria que soltar pipas não exigisse olhar cá baixo
E que voar não cansasse
Que nadar não desse câimbras
Que abrir os olhos e enxergar fosse pra todos
Que todos conhecessem o cheiro do bolo assando
E que pudessem ouvir os pássaros cantando
Que pudéssemos enxergar o vagalume sem querer devorá-lo
E que a abelha tivesse ferrão de borracha com mola
Queria que todos pudessem sentir o carinho suave de uma mão
Um chamego no cabelo, um espelho sem triste recordação
Que a velhice e a mocidade fossem a mesma coisa
Que o por do sol durasse a noite inteira
E que a lua pudesse estar sempre ao seu lado
Governando juntamente sem se desencontrar
Que o tempo fosse um conto
E que a morada dos sonhos fosse encontrada
Pela realidade.
C.Duarte